O ateísmo e o hebraico.

05:34 diegomonte 1 Comments





O ateísmo e o hebraico.

            Em meus estudos avulsos da língua hebraica me deparei com a palavra “ateu” e com suas possíveis variantes e palavras que são como sinônimos. Nas três palavras mais próximas do termo português me chamaram muito a atenção alguns detalhes aos quais irei me referir em seguida.

            A primeira palavra que tem relacionada com o termo ateu é כּוֹפֵר (kofer) pode significar não só ateu, mas “herege”, “incrédulo”, “negador” e que “não confessa”. Aqui eu já poderia comentar bastante coisa, mas vamos prosseguir. A segunda palavra é כַּפְרָן (kaf’ran), esta além de ‘ateu’ propriamente dita pode classificar o sujeito como ‘herético’ e também quer dizer “falso”, “mentiroso”. Eu particularmente achei isso interessantíssimo. A ultima palavra é a que eu mais me deparei nos textos, palavra é פּוֹקֵר  (poqér), que também quer dizer “ateu” e “herege” podendo ser flexionada também para significar “agnóstico”.
 
            Vamos aos comentários... Para que eu comente minhas impressões e exponha a meditação a que fui levado perante esses dados preciosos é preferível que seja invertida a ordem das palavras relacionadas acima. Pois bem, a primeira palavra; ‘poqér’ não indica tão somente o “ato” de não crer em Deus, mas identifica ao mesmo tempo o sujeito que pratica tal coisa como “herege”. Seguindo vimos kaf’ran que permite que o incrédulo seja chamado de “falso” e “mentiroso”. Isso é muito importante! A preciosidade e sabedoria contida no idioma hebreu jamais tencionou que fosse possível e/ou admissível que o homem de fato vivesse sem Deus e fosse considerado inteiramente são, então aquele que diz não crer n’Ele é mentiroso e falso! Não há a possibilidade de Ele não existir, logo, quem vive deste jeito (como se Ele não existisse) mente para si mesmo e para os outros. Mas aí vem a bendita kofer que diz que o “ateu” pode significar também (e, portanto estão intrinsecamente ligados) “negador” e “não confessa”. Ou seja, o ateu nada faz além de negar a verdade e mentir, como vimos antes, ele não admite, não confessa o que é verdadeiro, mas cria o falso para si.

            Para finalizar este comentário, gostaria apenas de deixar claro o que esta meditação me levou a pensar. Ora, fica evidente, segundo estas palavras que; só existe uma possibilidade de cosmovisão e de existência que é o teísmo; Deus existe! O ateísmo não é uma possibilidade lógica coexistente com o teísmo, é, no entanto, uma torpeza, uma negação do lógico e do real, da realidade concreta e verdadeira, portanto, o ateísmo não passa de uma mentira na qual não devemos acreditar e nem mesmo dar ouvidos. Em tempos de pós-modernidade e relativismo moral não podemos aceitar que o Cristianismo seja colocada como “só mais uma” cosmovisão e muito menos que seja considerada uma cosmovisão fantasiosa, mitológica e alegórica. Mas o que fazer? Para os que não creem o evangelho sempre será “loucura” e nós com orgulho carregaremos este fardo, todavia nós sabemos, (e temos que ser firmes nisso) que insensato (louco) mesmo é o que diz “Não há Deus” (sl 14).

Amém!

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